quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cinema frustrado


Eu e Eduardo combinamos de assistir ao filme Thor.
Semana passada fomos ao shopping mas uma sessão tinha começado já e a outra era bem tarde.
- Que droga pai. - Ele disse quando passei as informações de que não íamos assistir o filme.
Hoje fiz tudo certo. Na hora do almoço foi ao shopping e comprei os ingressos.
Porém, como nem tudo sai conforme planejamos, acabei ficando um pouco mais no trabalho e fui buscar o Edu meio atrasado.
Chegando lá, fiquei esperando pois meu amado garotinho ainda foi escovar os dentes e ainda, sem pressa nenhuma , ficou conversando e brincando até que saiu para irmos ao cinema.
Tive que correr, estacionei num lugar perto para não perdermos tempo. Saí andando rápido e ele correndo para me acompanhar.
Entramos super apressados já com o filme começado e finalmente sentamos nas poltronas.
Quando respirei aliviado pensando, "pronto, agora é só assistir o filme", Edu me olha e diz:
- Pai, o filme tá em inglês?
Pois bem, o filme era legendado.
Olhei para a tela meio descrédito e aí me toquei que era um filme adulto apesar da restrição ser apenas de 10 anos. Todas as cópias exibidas são legendadas.
Com o costume de só assistirmos filmes infantis, nem me dei ao trabalho de pensar nesse detalhe.
Olhei para uma criança tentando ler as legendas e com ar de revoltado e me propus a ir contando a história. Isso até deu certo por 30 segundos, mas acabei desistindo.
Saímos da sala e fomos para a casa de diversões. Ele brincou em várias máquinas, depois jogamos Street Fighter, onde eu tomei um couro.
Fomos comer crepe (que ele adora) e depois voltamos pra casa cantando e brincando de ler as placas.
Deixei ele em sua casa, nos despedimos e ele nem lembrou mais de todo o fiasco do cinema.
Fica a lição: para uma criança mesmo com o plano "A" falhando, um plano "B" ainda pode ser muito divertido e não precisamos ficar lamentando o que deu errado.
(mas prometo sempre consultar a partir de agora se o filme será dublado ou legendado.)


terça-feira, 19 de abril de 2011

Resultado das provas

Eduardo fez as provas e se saiu muito bem:
Português - 8
Matemática - 7
História - 8
Ciências - 10
Geografia - 10
Além de ter o comportamento elogiado.
Ele ganhou meus parabéns e um ovo de páscoa.
Já está prometido que se ele continuar com as boas notas nas próximas provas do semestre, vai ganhar o lego NinjaGo que ele tanto tem pedido.

domingo, 20 de março de 2011

A prova

No próximo dia 23 de março Eduardo fará sua primeira prova. Desde que ele soube da data(a umas 2 semanas) está preocupadíssimo com esse evento. Praticamente todos os dias quando conversamos ele toca nesse assunto. Mesmo tendo feito uma prova de testamento(ele falou assim referindo-se a uma prova de teste, que foi feita antes da prova oficial) e ter ido bem, ele está muito preocupado com a prova.
Hoje preferiu ficar estudando, em vez de ir ao taquaral andar de bicicleta comigo.
Espero que ele se saia bem nessa prova e em todas as muitas que ainda virão em sua vida...

Ajuda

Isso ocorreu enquanto estávamos eu e Edu na fila de uma loja de artigos esportivos, enquanto esperávamos para pagar sua nova bicicleta.
Logo a nossa frente estava um casal com um menino de uns 3 ou 4 anos de idade. Esse menino sentou no chão bem do nosso lado e enfiou alguma coisa na boca(parecia ser uma bolinha, mas não consegui identificar). A mãe do menino disse a ele:
- Filho, tira isso da boca agora.
Porém o menino não obedecia.
Eduardo então, chegou calmamente, com as duas mãozinhas para trás, agachou-se bem em frente ao menino e disse:
- Menino, se você não der essa coisa na sua boca pra sua mãe, você vai engolir, isso vai enrroscar na sua garganta e você vai morrer.
O menino arregalou os olhos e logo em seguida tirou o que estava na sua boca e deu para a mãe.
A mãe do menino disse:
- Obrigado Dudu(ela sabia o seu nome por que me ouviu chamando ele).
O casal com o menino foram embora e o Eduardo me olhou e disse sorrindo:
- Você viu pai, eu ajudei a mãe do menino.
- Muito bem filho, parabéns. - respondi todo orgulhoso do meu filhão.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Você gosta do seu nome?

Depois de um dia de sol, piscina, futebol, comida, sorvete e muitos risos, eu e Edu fomos encerrar nosso final de semana no McDonalds.
Ele está numa fase deliciosa. Adora conversar, puxa conversa sobre tudo e desenvolve os assuntos como não fazia antes. Enquanto comia seu lanche, entramos no assunto de nomes de pessoas, nem lembro como, mas aí eu perguntei:
- Edu, você gosta do seu nome?
- Eduardo... gosto sim pai, acho legal
- Que bom filho, escolhemos ele com muito carinho
- Mas eu não acho tão legal assim. Sabe como eu queria chamar?
- Como?
- Michelângelo
- (Risos disfarçados) O que?
- Michelângelo, pai
- Mas você sabe quem é?
- Sei, é um homem lá que fala inglês.
- (Mais risos disfarçados) Não filho, ele era um pintor famoso, que pintava quadros, capelas...
- Onde ele morava
- Acho que na Itália
- Mas ele já morreu?
- Sim já morreu
- Então tá bom

Ele voltou para o seu lanche e depois de outra mordida começou um novo assunto...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal

Faltando 3 dias para o natal, na última quarta eu e Edu nos aventuramos a enfrentar o shopping.
Para nossa surpresa até que não estava tão cheio quanto imaginávamos e conseguimos cumprir todas as nossas missões.

Missão 1: Tirar foto com Papai Noel



Missão 2: olhar livros:


Missão 3 - Comprar presentes:
Fomos então a duas lojas e comprei os presentes que ele escolheu, por que em seu aniversário levei uma baita bronca por ter eu mesmo escolhido os presentes pra ele.
Enquanto estávamos numa das lojas ele me disse:
- Pai, vou escolher um presente bem legal, senão você vai ficar chateado né?

Missão 4 - Olhar mais livros:
Passamos por outra loja de livros e lá se foi ele a olhar e ler mais livrinhos.

Missão 5 - Jantar:
Paramos num restaurante onde ele pegou todas as comidas japonesas a que teve direito.

Missão 6 - Ir em casa testar os presentes:
Fomos então para casa, abrimos os três presentes que ele ganhou e brincamos um pouco.

O nosso natal foi muito feliz.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Um dia inesquecível

Era um dia de finados no ano de 2005. Fazia um sol gostoso e um calor não muito exagerado, daqueles na medida certa para se sair para passear. Foi o que fizemos. Mas mal podíamos imaginar o que estaria por vir naquele dia.
As crianças tem sempre as suas épocas de gostar de diferentes coisas, brinquedos, filmes ou músicas. Naquela época o Eduardo só queria saber de avião. Todo brinquedo virava um avião, ele já tinha recebido alguns de presente e adorava todos, inclusive falava a toda hora do "aião".
Saímos então de casa e eu já com um pensamento fixo: "hoje vou tentar mostrar um avião de verdade pro meu filho".
Fomos então ao Extra, compramos algumas coisas, depois fomos almoçar por ali mesmo. Era por volta das três da tarde quando saímos do supermercado e resolvi colocar meu plano em ação, fui rumo ao Campo dos Amarais, um aeroclube que sempre tem alguns aviões fazendo manobras ou até mesmo paraquedistas(isso naquela época, agora não tem mais).
Chegando próximo ao campo puder ver que não havia praticamente movimento nenhum no local. Pensei comigo: "poxa, que pena, ele não vai conseguir ver nada".
Mas chegando mais perto decidi entrar no aeroclube para pelo menos chegarmos perto dos aviões que estavam estacionados, alguns até bem próximos da cerca que protegia o hangar.
Chegamos então, desci com ele e mostrei os aviões. Ele ficou doido. Queria ir mais perto dos aviões e tocá-los. Mas o portão estava fechado e não havia ninguém por perto, infelizmente.
Ficamos ali por vários minutos olhando e comentando sobre os aviões. De repente notei que um carro estacionou atrás de nós, um homem e uma mulher desceram do carro e foram em direção a entrada do hangar. Abriram o portão e me vendo com uma criança no colo toda euforica o homem perguntou:
- Ele gosta de avião?
- Acho que já deu pra perceber que sim né? - respondi, enquanto continha o pequeno no colo se jogando em direção ao portão de entrada .
Aproveitei a deixa para fazer meu papel de pai:
- Será que ele pode entrar um pouquinho só pra ver os aviões?
- Claro que pode, entra aqui.
Entramos então e um menininho saiu correndo para chegar perto do primeiro avião após a entrada. Apontou ele e eu fui acompanhando-o em cada um dos aviões.
Enquanto isso fui conversando com o homem que gentilmente abriu as portas e permitiu dar uns minutos de alegria a um pequeno garotinho. O homem gentil chamava-se Agnaldo. Contou que já havia trabalhado como piloto comercial, mas que agora só fazia um vôo panorâmico para o Rio de Janeiro em seu próprio monomotor de 8 lugares. Ele me mostrou então seu avião.
Continuamos conversando, Eduardo vendo os aviões e o Agnaldo então abriu seu avião, provavelmente para fazer alguma limpeza, ou teste, sei lá.
De dentro da cabine ele me chamou e disse:
- Quer mostrar aqui dentro pra ele?
- Claro! - respondi imediatamente.
- Edu, vem aqui entrar no avião.
Coloquei ele lá dentro que ficou queitinho no colo do novo tio e adorou ver aquele monte de relógios, mostradores e botões.
Agnaldo olha pra mim então e pergunta:
- Ele já vôo?
- Não, nunca.
- Vamos dar uma voltinha com ele? - nesse momento houve um certo descrédito da minha parte, mas ele não parecia que queria fazer nenhuma brincadeira.
- Mas como assim, você vai para algum lugar agora? - perguntei desconfiado
- Não, não. A gente dá só uma voltinha aqui perto mesmo, só pra ele voar pela primeira vez.
- Poxa, não to nem acreditando, ele vai adorar!
- Vamos lá então?
Ele já foi pegando o rádio e avisando que ia decolar, enquanto isso pegamos o Edu e ficamos esperando. Ainda achava que tinha alguma pegadinha pra ser revelada.
Mas então ele chamou sua esposa, ela sentou-se com ele na cabine, pediu para subirmos e lá fomos nós.
O pequeno avião entrou na pista, Agnaldo fez o motor gritar bem alto, andou quase a pista toda e saímos do chão. Olhei para o meu filho que estava calmo, olhando para o céu, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo para ele. Foi emocionante ver o rostinho dele tão tranquilo.
Demos uma volta então pela região, sobrevoamos Barão Geraldo, a rodovia Dom Pedro, a lagoa do Taquaral e voltamos.
O pouso, com um vento meio forte foi emocionante. Chegamos ao solo, descemos e agrademos muito ao Agnaldo. Alias, não tínhamos nem como agradecer. Foi um gesto maravilhoso que ele fez para uma criança. Depois me pediu para enviar as fotos do vôo e disse que se quiséssemos fazer o vôo para o Rio com ele, que estaria a disposição. Me passou seu e-mail, nos despedimos e fomos embora ainda sem acreditar que tudo aquilo tinha acontecido num dia de finados.
O interessante de tudo isso é que mesmo tendo apenas dois anos na época, Eduardo se lembra desse dia, um dos poucos alias que ele se lembra nessa idade.

Vou aproveitar e agradecer mais uma vez ao Agnaldo por aquele dia inesquecível.
Nosso muito obrigado Agnaldo!


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Bola colorida

Em sua fase "pintor" que durou até algumas semanas atrás, Eduardo queria colorir tudo.
Num certo dia, enquanto estava comigo e já tinha pintado várias páginas de um desses livros de colorir, me falou que já tinha enjoado do livro e que queria outra coisa pra pintar.
Comecei a procurar alguma coisa que pudesse ser pintada. Fui então olhar num guarda-roupa no quarto do meu irmão que tem várias coisas e tentando encontrar algo "pintável" tirei da frente de algumas caixas uma bola de vôley super antiga, já cinza e descascada. Quando joguei ela no chão, Eduardo me perguntou:
- Pai, posso pintar essa bola?
Olhei meio desconfiado e percebi que a bola podia sim ser colorida. Falei pra ele: pode sim filho.
E lá se foram duas horas de trabalho intensos com algumas canetinhas hidrocolor, para deixar a bola como uma verdadeira obra de arte(pelo menos aos olhos do seu pai). Ele no final ainda me perguntou qual a marca da bola e escreveu ela para que ficasse igual novinha, segundo ele.
Abaixo o resultado final:



domingo, 16 de maio de 2010

Quermesse + mola maluca = diversão

Disse ao Eduardo:
- Filho, vamos na quermesse?
- Quermesse? Que isso pai?
- É tipo uma festa que tem barracas, brincadeiras, sabe?
Ele fez uma cara quem não tinha entendido direito, mas respondeu:
- Sei...

Pois fomos à quermesse, ele comeu pastel, acompanhou meu pai no bingo e brincou na pescaria onde ganhou uma mola maluca. Essa mola garantiu a diversão dele pelo resto da noite.

Ao levá-lo de volta a casa de sua mãe ele chegou e já foi dizendo:
- Mãe, eu fui com meu pai na... onde que nós fomos mesmo pai?
- Na quermesse filho.
- Isso mãe, nós fomos na quermesse. A gente se divertiu tanto lá.



domingo, 2 de maio de 2010

A cura pra tudo

- Pai, é verdade que rir é a cura pra todas as doenças? - perguntou Eduardo pra mim.
Contendo o riso, respondi:
- Onde você ouviu isso filho?
- Já ouvi as pessoas falarem.
- A tá, você ouviu dizer que rir é o melhor remédio, foi isso?
- Isso pai, foi isso mesmo. Quer dizer que quando a pessoa tá doente e ela ri, fica melhor?
- Fica sim, ela fica mais alegre e melhora logo.
- Quando eu ficar doente vou ficar bem feliz então pai.